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Caro Will:

Eu gosto da normalidade. Da Fernanda. Eu gosto de saber, de sentir que não tive uma surpresa tardia, que de repente fumar era tão bom que eu poderia ter sido mais feliz há 5 anos atrás. Que bom, porque assim me sinto segura. Esta sou eu, não sou aquela, aquela ali vem de um sonho, flutua, sorri e o sorriso é infinito. Eu não sou assim, não brigue comigo, eu sou assim. Posso pensar na Lygia, na Virginia, em quem eu amo, se for preciso. Não vou dar uma de louca, porque estou vivendo um pouco fora da realidade.

Chá.



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camomila

olivia, As pessoas esperam a essa altura, superação . Uma grande história em poucos anos, com um final seguro e confor tá vel, que pelo menos se sustente esquecido. Embora eu diga ou tente dizer, qualquer coisa ser á incompreensível . E eu nem tento pois nem sequer cheguei a aprender a falar sobre isso. E se tento, atiro e machuco. Mesmo você , principalmente você . Quem é você a essa altura, olivia?

Ypê.

Os móveis baixos e amadeirados. Cair na cama te distanciava do teto e eu estendia assim o braço e caia para trás. E Laura ali, loira, loira como um pintinho, encolhida no canto do quarto. Mas...quem te fez isso? E você espera sangue mas eram fios finos e longos. Desculpa, eu...Não precisa chorar. Me dá sua mão. E é aquela mão de leite, aquela unha que não cresce. O sol entra tímido pela veneziana que insiste em ser verde. Já faz duas semanas que a poeira vem se aprumando, logo vai reinar. Estou aflito. Laura também já percebeu. Hoje os últimos biscoitos da lata. Ela me olhou após tomar o copo de leite, dente de leite. Quando vi, tinha pegado a tesourinha de costura, cortou tudo, pintinho. Você espera sangue, mas essa dor injetada precisa ser sólida? Vem cá, Laura, levanta daí, vamos fazer biscoitos? É linda, como mamãe. Os móveis baixos, tão perto de nós. Nenhum bilhete. Laura sorri e a mim basta.
de repente, me adequo. efeito fit. mas no caminho para o centro insisto em puxar aquele fio comprido do cabelo e me descosturo. Mesmo no pedregulho nivelado, vacilo. Algum salto insiste em passarelar na orla da minha orelha, agulhado. Ácido. Me agacho pra amarrar o cadarço; estou de botas. E volto a burlar minha vista, abandono as marquises e agora é só calçada.