Querida Olivia,
Estou ouvindo Rachael cantar, over and over and over again e desejando que ela grite. Passamos naquele trecho no centro da cidade e era tão alto que eu podia decidir se queria morrer mais devagar ou contemplar as outras mortes. E eu já disse, havia pássaros. Amarelos, espalhados naquele tom do dia que nem dia é. Deve vir daí a vibe azul, às vezes são bananas, às vezes maçã. "azul escuro sobre trilhos" é como ela lembra dele. A menina do papel, o menino do metrô. Ontem à noite eu engoli um choro que nem veio e o que voltou foi a vontade de te contar sobre meus pesadelos.
chá.
olivia, As pessoas esperam a essa altura, superação . Uma grande história em poucos anos, com um final seguro e confor tá vel, que pelo menos se sustente esquecido. Embora eu diga ou tente dizer, qualquer coisa ser á incompreensível . E eu nem tento pois nem sequer cheguei a aprender a falar sobre isso. E se tento, atiro e machuco. Mesmo você , principalmente você . Quem é você a essa altura, olivia?
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