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Merdas, plural. O que ela deixava sair pela boca era lixo, balelas. Eu me concentrava a olha-la, podia sentir seu gosto só de olha-la. Veio uma pomba cair entre nós, dividiu nossos passos e ela inventou de falar sobre o pombo-correio. Pombo-correio o caralho. E não me olhava. De repente sorriu e a boca entortou. Queria amá-la ali mesmo, no meio do mundo com tudo que tinha e podia mas não podia nada. Desviei, ela teria percebido? Não, agora estava longe, estava em Vênus decidindo passar o resto da vida sozinha.

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Eu precisava de um momento de paz, sem pensar em fibras para compor a refeição. Sem pensar que o azeite acabou. Eu vejo que não me interesso mais por estes filmes tão penosos, tão longe. As opções são vastas; tenho preguiça de descrevê-las. Falam tanto (digitam) sobre séries como se tivessem surgido como uma cura para os males da alma. Na verdade, eu sei, é o acesso que chegou às massas, finalmente engoliremos os enlatados sentados à mesa posta. Esta vida que não é a minha, este espetáculo que parece ter sido escrito pessoalmente para mim. O que será que fiz para merecer ? ou talvez eu apenas esteja muito atrasada. Que horas é o chá?

agenda.

Aproximou-se da janela e afastou a cortina, afastou a franja do rosto. A vista lá de baixo revelou um casal em despedida, um beijo fervoroso. Fervoroso, ela repetiu e levou a mão à boca, como eram finos os lábios, transparentes. O rapaz agora beijava o pescoço da jovem e a Srta Elma teve um arrepio que tentou disfarçar tossindo. Olhou para as mãos enrugadas e de repente, Romeu.