Na madrugada, a sobra dos líquidos nos copos sobre a pia, a dor curtida no meio das costas grita de leve para te lembrar que ainda está lá e boa noite, todos estão suando apertados numa festa tua mente imagina e se eu beber? falta água para dissolver aquele cristal no rim...mas amanhã, quem sabe? vou acordar cedo para ver o sol nascer, só o vejo queimar minha pele pousando, sempre o perco. Bom é música sem voz de vez em quando e eu fico falando nela inteira, 2minutos e 16segundos, me recordo daquele livro cor pastel que eu parei e marquei a parte da guerra e a fumaça na praia. Meio-morto o nome da música, antes eu pensava em montanhas, hoje é só calçada.
Eu precisava de um momento de paz, sem pensar em fibras para compor a refeição. Sem pensar que o azeite acabou. Eu vejo que não me interesso mais por estes filmes tão penosos, tão longe. As opções são vastas; tenho preguiça de descrevê-las. Falam tanto (digitam) sobre séries como se tivessem surgido como uma cura para os males da alma. Na verdade, eu sei, é o acesso que chegou às massas, finalmente engoliremos os enlatados sentados à mesa posta. Esta vida que não é a minha, este espetáculo que parece ter sido escrito pessoalmente para mim. O que será que fiz para merecer ? ou talvez eu apenas esteja muito atrasada. Que horas é o chá?
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