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Olivia,

demasiado. A palavra que ele escolheu e acolhi. Tuas fotos me lembram 21 gramas. E uma pessoa mastigando uma flor absurda e amarela. Bem devagar.
e isso é perto, quase pele.

Há tantas curvas já que não sento na calçada. Vêm as formigas numa prosa breve carregando flores. Posso enxergar um funeral mas hoje não.



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Ypê.

Os móveis baixos e amadeirados. Cair na cama te distanciava do teto e eu estendia assim o braço e caia para trás. E Laura ali, loira, loira como um pintinho, encolhida no canto do quarto. Mas...quem te fez isso? E você espera sangue mas eram fios finos e longos. Desculpa, eu...Não precisa chorar. Me dá sua mão. E é aquela mão de leite, aquela unha que não cresce. O sol entra tímido pela veneziana que insiste em ser verde. Já faz duas semanas que a poeira vem se aprumando, logo vai reinar. Estou aflito. Laura também já percebeu. Hoje os últimos biscoitos da lata. Ela me olhou após tomar o copo de leite, dente de leite. Quando vi, tinha pegado a tesourinha de costura, cortou tudo, pintinho. Você espera sangue, mas essa dor injetada precisa ser sólida? Vem cá, Laura, levanta daí, vamos fazer biscoitos? É linda, como mamãe. Os móveis baixos, tão perto de nós. Nenhum bilhete. Laura sorri e a mim basta.
Eu precisava de um momento de paz, sem pensar em fibras para compor a refeição. Sem pensar que o azeite acabou. Eu vejo que não me interesso mais por estes filmes tão penosos, tão longe. As opções são vastas; tenho preguiça de descrevê-las. Falam tanto (digitam) sobre séries como se tivessem surgido como uma cura para os males da alma. Na verdade, eu sei, é o acesso que chegou às massas, finalmente engoliremos os enlatados sentados à mesa posta. Esta vida que não é a minha, este espetáculo que parece ter sido escrito pessoalmente para mim. O que será que fiz para merecer ? ou talvez eu apenas esteja muito atrasada. Que horas é o chá?